domingo, 4 de junho de 2017

Cuidados para não infartar

Coração partido, apaixonado, completo. Quando pensamos em coração, ele quase sempre está relacionado a alguma analogia sentimental e não à saúde. A importância do órgão é subestimada, apesar de doenças cardiológicas serem a principal causa de morte no mundo. Outra informação alarmante: a incidência está aumentando e elas estão aparecendo cada vez mais cedo na população. A fórmula “exercícios e boa alimentação” é velha conhecida para se evitar doenças cardíacas. Mas não paramos para refletir de que forma esses mandamentos atuam na saúde do órgão. Logo, nos esquecemos que ele existe. O resultado? Não cuidamos suficientemente dele. Descubra, ponto a ponto, de que forma medidas preventivas colaboram com a manutenção cardíaca e comece já a cuidar melhor do seu coração. Comer direito O papel da alimentação é evitar a obesidade e o efeito dominó: elevação de colesterol, apneia do sono e aterosclerose – acúmulo de gorduras nas paredes das artérias. Essa obstrução faz com que uma em cada três pessoas com essa doença tenha infarto e aumente o risco de derrame. “Uma dieta saudável diminui a velocidade com que as placas de gordura se formam e aumenta a longevidade”, diz Osni Moreira Filho, presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia. Especialistas recomendam uma dieta equilibrada e variada, incluindo todos os grupos alimentares, com pouco consumo de gorduras saturadas, ou de origem animal, que se depositam nas artérias. Para diversificar, preste atenção ao prato e divida-o em quatro partes: três grupos devem ser saudáveis e um pode ser um pecado. Não se esqueça das fibras, que “carregam” um pouco da gordura ao serem liberadas no organismo. Aposentar o cigarro Fumar acelera a aterosclerose, por fazer acumular mais gorduras e produzir placas maiores. Como coração e pulmão são órgãos que “conversam”, as toxinas acumuladas no aparelho respiratório podem provocar insuficiência cardíaca, que causa déficit no bombeamento do sangue para o restante do corpo. “Toda vez que se fuma, nos 30 minutos seguintes ocorre vasoconstrição. Se você já tem um entupimento de 50% e vive em vasoconstrição, o risco de infarto é muito grande”, diz Luiz Fernando Kubrusly, diretor clínico do Hospital Vita. Com um coração naturalmente mais protegido, devido ao ciclo hormonal, mulheres perdem essa vantagem quando fumam. Mexer o corpo Exercícios regulares controlam a pressão arterial, o que aumenta a eficiência do coração enquanto bombeador e reduz riscos de hipertensão. Ao melhorar o metabolismo, ajudam a manter adequados os níveis de colesterol e glicose. Outra vantagem da atividade física é avaliar a saúde do coração: “Enquanto a pessoa estiver fazendo exercícios regularmente e cansando no mesmo tamanho, seu coração está avisando que está saudável. Se ela mantiver a regularidade dos exercícios e das consultas periódicas, dificilmente será surpreendida por alguma doença”, diz Moreira Filho. O exercício continuado contribui com o aumento do bom colesterol (HDL), que ocupa o lugar do colesterol ruim (LDL), responsável por doenças do coração. Relaxar O estresse piora o estado do coração de duas maneiras, por levar a pessoa a comer pior e deixar de se exercitar e pelo estresse agudo também poder ser um gatilho para infarto ou derrame entre pessoas que estariam próximas de sofrer essas condições. Emergência O sintoma principal do infarto é a dor no peito, que se parece com um peso em cima do corpo ou com queimação. Afrouxe as roupas do infartado e leve-o ao hospital ou chame a emergência. Em parada cardíaca (perda de consciência), ligue à emergência e faça a compressão torácica ininterrupta.

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